Você já deve ter ouvido que pra cantar melhor é preciso respirar certo, mas cantar bem é muito mais do que isso!
Muito se fala a respeito da respiração correta com o uso do diafragma. Porém, mesmo utilizando a respiração adequada, muitas pessoas têm dificuldade de cantar com naturalidade: uns cantam forte demais e outros têm a tendência de suavizar exageradamente. O que falta, na verdade, é uma reeducação mental para cantar.
Muito se fala a respeito da respiração correta com o uso do diafragma. Porém, mesmo utilizando a respiração adequada, muitas pessoas têm dificuldade de cantar com naturalidade: uns cantam forte demais e outros têm a tendência de suavizar exageradamente. O que falta, na verdade, é uma reeducação mental para cantar.
Já me perguntei por que há pessoas que conseguem mudar a intensidade da voz quando falam, porém não conseguem fazê-lo ao cantar. Os órgãos internos utilizados para a fala são os mesmos para o canto; o que preciso é descobrir minha voz, usando-a de todas as formas possíveis, sem forçar as pregas vocais, é claro, mas entender através da prática tudo que sou capaz de fazer com ela. Se consigo falar mais alto para alcançar alguém que está longe, ou sussurrar para contar um segredo, então consigo utilizar essa mesma dinâmica para interpretar uma música mais alegre que exija intensidade ou uma música mais chorosa que precisa ser cantada suavemente. Deve haver um equilíbrio até mesmo na hora de interpretar uma música, além da intensidade mal colocada podemos cometer até o erro de colocar uma expressão facial inadequada para certos momentos da canção, você não canta “Espírito Santo” da Fernanda Brum, por exemplo, com um sorriso no rosto, certo?
Se a música é emotiva devemos pensar literalmente no que estamos cantando e transmitir essa emoção com a intensidade de voz certa, expressão facial e até mesmo corporal!
Uma boa dica para treinar intensidade é ouvir sua voz gravada e perceber como você, enquanto canta, faz coisas das quais não gosta. Não é por acaso que a maioria dos cantores evolui drasticamente após sua primeira experiência em estúdio, pois o amadurecimento vocal acontece após cantar e ouvir repetidas vezes a própria voz. E a dica para interpretação correta é ensaiar de frente para o espelho, ou até mesmo filmar sua performance para perceber seus próprios vícios, como movimentos ou até mesmo improvisos repetitivos que tornam a apresentação enjoativa. Pelo amor de Deus, não cante “Videira, Videira, Videira” com vontade de chorar! Ok?
Aproveitando que falei de interpretação, quero fazer uma comparação, da mesma música, cantada por quatro intérpretes diferentes, como a canção é em inglês, coloquei o primeiro vídeo legendado para que você perceba a profundidade da letra, trata-se de um tema de natal intitulado “Mary Did You Know?”.
Repare como os quatro cantores cada um com seu estilo conseguem executar a música com perfeição do início ao fim, alguns cantam mais simples e sem muitos melismas e outros já incrementam mais a apresentação, porém se você quer cantar bem, a primeira regra é saber transmitir a melodia da música de forma competente, mesmo que você não saiba enfeitar com improvisos, o importante é apresentar uma voz agradável de se ouvir e explicar bem o que está cantando, não tente correr se ainda não sabe andar, improvisos mal colocados podem comprometer a sua apresentação e te classificar como um mal cantor, se ainda não sabe fazer, simplesmente não faça. Vou usar este tópico para classificar também a extensão vocal destes quatro cantores, para que você já comece a adquirir conhecimento sobre o assunto.
Mark Lowry: Barítono
Costumo dizer que ele é um barítono legítimo, você pode observar que ele não sai dos registros médios e também é um cantor que executa a música com simplicidade, canta sempre reto e faz pouquíssimas variações melódicas.
Guy Penrood: Segundo Tenor
Este é o tipo de tenor que se cantar só nos médios você chega a pensar que ele não alcança notas mais agudas, porém ele se encaixa na definição de Tenor pela clareza e facilidade com que alcança os tons mais altos e acaba surpreendendo quando sai dos médios para os agudos, pelo fato de sua voz ter um timbre parecido com a de um barítono.
Jason Crabb - Barítono
Preciso mencionar que há pessoas que se encaixam em duas categorias ao mesmo tempo, este é o tipo de barítono que tem uma extensão vocal maior do que o normal, e alcança alguns agudos dignos de um verdadeiro tenor, porém o verdadeiro tenor ainda vai mais longe que isso. Jason é o tipo de cantor que abusa dos improvisos, não vai demorar para que você perceba isso.
David Phelps – Primeiro Tenor
David é o que chamamos de fenômeno, pois é raríssimo um cantor com esta extensão. Na região mais grave de sua voz ele alcança os tons de barítonos passa direto pela região aguda de tenor e chega (acredite se quiser) a níveis de contralto que é a região mais grave feminina, geralmente, homens que alcançam esta região tem uma voz naturalmente aguda e não conseguiriam chegar ao grave do barítono por exemplo, porém David é uma exceção, algumas músicas que ele canta só podem ser executadas por alguém que tenha uma extensão igual a dele, é raríssimo mas existe.
Por fim chegamos a faixa bônus da nossa postagem, a mesma música, cantada pelo grupo Rescue (Resgate), totalmente Acappella, com isso você percebe quantas formas nós podemos dar a uma canção, e o que se pode fazer com vozes diversificadas.
Por Hoje é Só, espero que tenham gostado da postagem de hoje, se gostou dos cantores deixe um comentário para seu favorito, um grande abraço e até a próxima!
Parabens... Post simplicifado e bem feito!
ResponderExcluirGrandes cantores, e a lenda David Phelps... hehe!
Abraço!!
Obrigado pelo comentário, volte sempre!
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